Saiba um pouco mais sobre essa doença que atinge milhares de indivíduos em todo o mundo. Denomina-se obesidade uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que traz vários prejuízos à saúde do indivíduo.
A obesidade é o resultado de interações ambientais, socioeconômicas, culturais, educativas e principalmente genéticas. Pesquisas mostram que basta que apenas um dos pais seja obeso para que o filho tenha 65% de chance de herdar o problema.
No caso dos dois (pai e mãe) estarem acima do peso, a probabilidade sobe para 80%. Além disso, indivíduos com lesões no hipotálamo (abriga o centro do Sistema Nervoso Motor que governa o impulso de comer), podem chegar à obesidade anormal. O indivíduo com excesso de gordura no corpo apresenta várias limitações, visto que o atual padrão de beleza exige que sejamos magros e esbeltos ao extremo. As pessoas obesas têm maior chance para uma série de doenças, como a hipertensão arterial e a diabetes, diminuindo assim, sua expectativa de vida.
Classificação da Obesidade
A obesidade pode ser classificada de acordo com as causas em: obesidade por distúrbio nutricional, obesidade por inatividade física, obesidade secundária a alterações endócrinas, obesidade secundária e obesidade de causa genética.
Pode também ainda ser classificada de acordo com a parte do corpo em que predomina o excesso de gordura: obesidade difusa ou generalizada, obesidade andróide ou troncular, obesidade ginecóide.
O tratamento da doença envolve principalmente a reeducação alimentar, o aumento ou o início da atividade física, e se preciso, o uso de medicamentos que irão auxiliar o seu combate. A prática dessas orientações certamente trarão ótimos resultados no tratamento da obesidade.
O aumento da obesidade preocupa especialistas do mundo todo. Em um país em que cerca de 60 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza, a doença tem atingido proporções alarmantes.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, se a obesidade continuar crescendo com o mesmo ritmo, é provável que em 2050 todos os brasileiros sejam obesos.
A globalização nos trouxe muitos benefícios (internet, celular). Mas, junto com eles veio a escassez de tempo e conseqüentemente hábitos alimentares cada vez menos saudáveis. O aumento do padrão de vida tem encorajado e aumentado a ingestão de alimentos. O hábito de ir a fast foods tem aumentado, aumentando com ele as gorduras e calorias.
Além dos diversos fatores causados pela obesidade, os gordinhos também não escapam das pressões sociais e psicológicas. A maioria deles são vítimas de preconceito e discriminação, o que causa danos a sua auto-estima.
Os reais motivos que levam as pessoas a comerem em excesso, muitas vezes, não são tão simples como parecem. A importância da causa psicológica vem sendo cada vez mais aceita na consideração da obesidade.
A obesidade psicológica pode ser dividida em dois grupos: a própria do desenvolvimento, observada na infância, envolvendo toda a personalidade em crescimento. A pessoa evita o contato social, e a comida passa a ser um refúgio.
Já a obesidade reativa, é originada em alguma experiência perturbadora da vida do indivíduo, como o término de relações. Neste caso, comer em excesso é um fator de equilíbrio no ajustamento à vida.
Estatísticas revelam que pessoas obesas apresentam menor probabilidade de completar o mesmo número de anos escolares que pessoas não obesas. Levantamento da Força Tarefa Latino-Americana de Obesidade traz as cifras que o governo brasileiro gasta para enfrentar o problema. O custo anual é de quase R$ 1 bilhão.
Esse valor é usado para pagar internações, consultas e remédios para tratar o excesso de peso e as doenças ligadas a ele.
Como se não bastasse, o mercado de trabalho que está a cada dia mais competitivo, aumentou as cobranças sobre os gordinhos. “No trabalho, as pessoas obesas costumam se cansar com muita facilidade, ficam sonolentas e têm pouca disposição” afirma o endocrinologista Antônio Vieira Gabriel, presidente da Sociedade Mineira de Endocrinologia.