Crianças viciadas em jogos de computador ou vídeo-game, prejudicando suas mentes e físico, porém deixando mais rápidas em situações de decisão.
Brincadeiras de roda, pega-pega, esconde-esconde agora só na escola. Crianças quando estão em casa não saem mais, os pais estão com medo da violência das ruas, e no intuito de deixar os filhos mais seguros compram eletrônicos para mantê-los entretidos, dentro de suas casas.
Toda a tecnologia seria mesmo boa? Ou pode causar também perigo para as crianças? Os pais convivem com uma difícil decisão, pois não há como somente um trabalhar e o outro cuidar dos filhos como acontecia antigamente. As condições financeiras impuseram um injusto confronto onde os pais devem trabalhar para sustentar a casa, os filhos, pagar pela sua educação, tendo que os deixar em casa aos cuidados de outros ou então em escolas de período integral.
Como muitas vezes vemos acontecer, os pais que não podem dar muita atenção aos filhos acaba comprando presentes para mantê-los ocupados, deixando-os felizes. Esses brinquedos, os antigos carrinhos e bonecas, foram substituídos pelos jogos eletrônicos.
Esses jogos possuem os mais variados temas e podem ser jogados de várias formas. Os mais comuns e famosos em adeptos são os de tiro, os de corrida e os de aventura, em que os jogadores entram na pele de algum herói, vilão ou mesmo uma pessoa comum em situações nada comuns.
Mas esses mesmos “brinquedos”, se não supervisionados pelos pais, se não for monitorado pode comprometer o comportamento dos filhos, os deixando mais violentos e principalmente sem medo da morte.
É normal nos depararmos com uma criança que perdeu seu cachorro de estimação e dizendo que ele morreu, foi enterrado assim como no jogo tal, ele matou tal personagem.
Principalmente meninos, com seus jogos de tiro, de matar “monstros” ou pessoas consideradas más ou de outro time, são especialmente mais violentos quando estão com seus colegas. Outro prejuízo dos jogos é o vicio, a vontade de continuar jogando além do tempo e não querer fazer nada mais.
Crianças sem supervisão jogam até se cansar, podendo ocorrer logo ou demorando horas e horas. Já houve inúmeros casos de crianças que ficaram jogando dias a fio sem comer sem ao menos dormir. Isso causa um estresse mental e um mal terrível na estrutura física da pessoa.
As crianças em especial, não possuem formadas direito a noção de brincadeira e realidade, e conforme o jogo que estão brincando ocorre uma mistura que pode gerar essa violência, e também outras atitudes que não faziam antes parte da natureza da criança.
Os jogos prejudicam seu crescimento físico, pois quando pequenas, precisam de atividades físicas para seu desenvolvimento. Os pais precisam se atentar a classificação do jogo; cada jogo é feito para uma faixa etária diferente e respeitar esses limites auxilia o crescimento da criança, diminuindo os efeitos prejudiciais.
Um ponto positivo dos jogos que deve ser relevado é a capacidade de trabalhar uma área do cérebro que com brincadeiras comuns não conseguiria tão facilmente. Estamos falando da lógica e da tomada rápida de decisões quando necessário.
Em situações de emergência, pessoas despreparadas entram em pânico e não conseguem saber ao certo o que fazer. O famoso “entrar em parafuso”, ou perder a noção do que pode ser feito, acontece e muito com qualquer tipo de pessoa.
Mas conforme pesquisas e também em especial uma reportagem sobre um garoto norueguês de doze anos salvou a irmã e a si mesmo de um ataque de um alce se baseando em ações de um jogo online chamado World of Warcraft.
Ele lembrou de simples gestos que tinha aprendido jogando seu jogo favorito, esteve próximo do perigo sem sentir medo e protegendo quem deveria.
Pessoas que jogam com certa freqüência jogos que os expõe a situações críticas que precisam de decisões rápidas, possuem também uma facilidade para fazer isso na vida real sem pensar no que poderia dar errado.
Jogos e assim como a televisão possuem seu lado positivo, onde podem auxiliar as pessoas, além de um entretenimento como outro qualquer. Mas tudo isso deve ser constantemente avaliado pelos pais.
Colocar horários para poder jogar, limites, limitar estilos de jogos, se informar sobre o que se passa com o filho e o que se passa no jogo, são pequenos gestos que contribuem para a formação da criança, ajuda os pais a terem mais contato com os filhos e os mantém longe do que poderá fazer mal a eles.
Tudo é relativo e para garantir a segurança também mental dos nossos filhos vale a pena dedicar algumas horas da nossa semana para prestar atenção no que anda acontecendo com eles e a que influências eles estão expostos.
Tudo isso só irá garantir uma personalidade mais pacifica e também fazer com que sejam pessoas sensatas, criativas e seguras.