A Coqueluche voltou ao Brasil com uma força ameaçadora, e agora, com 34% de crescimento nos últimos anos, volta a deixar em risco a saúde das crianças.
Foi em 2006 que se descobriu a volta dessa doença, graças a falta do reforço de vacinação, atingindo crianças de toda América Latina.
Em toda essa região o aumento foi assustador: 91%, de acordo com dados coletados em seminários sobre a doença, e no Brasil, o aumento foi de 34%.
O grande problema da população, em dados levantados pelos seminários, é a cobertura vacinal nos primeiros anos do bebê, que ultrapassa os 90%, mas após isso, toda a cobertura cai. Ou seja, a carteira de vacinação das crianças já fica em dia nos primeiros 12 meses de vida dos filhos para, mais tarde, serem deixadas de lado.
Mesmo ainda com pesquisas incompletas nos setores de Saúde, a estimativa é que a cobertura vacinal caia para 80% no próximo ano, e a redução continuará até se atingir os 50%, quando já serão necessários reforços urgentes do imunizante.
Para que a imunização da coqueluche numa criança se complete, é necessário sua vacinação aos 2, 4 e 6 meses, com reforços aos 15 meses, e ainda entre 4 e 6 anos.
TODAS AS DOSES SÃO GRATUITAS nos postos de saúde, portanto a família não precisa se preocupar com despesas.
O que poucas pessoas sabem é que, mesmo quem já tomou todas as doses ou já teve a doença precisa se imunizar após dez anos, sendo adolescentes ou adultos, mas, para essas faixas etárias, a situação dificulta, já que as vacinas ficam disponíveis apenas em clínicas particulares.
Por causa disso, muitas vezes são os pais que infectam os filhos não imunizados completamente, numa estimativa de 75% dos casos, comprovados por estudos pediátricos.
Assim sendo, para evitar completamente esta doença, não se pode deixar de tomar nenhuma das doses da vacina, e deixar sua imunização se completar.
PARA QUEM NÃO SABE A RESPEITO DESSA DOENÇA, AQUI VÃO ALGUMAS INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA VOCÊ PODER FICAR DE OLHO:
A coqueluche é causada por uma bactéria, a Bordetella Pertussis, que se transmite pelo contato direto nos meses de primavera e verão, principalmente.
Os sintomas normalmente se resumem a espasmos de tosses que duram até 30 minutos, se repetindo durante o dia, e pode acrescentar coriza após as primeiras semanas do contágio, o diagnóstico é feito através de exames laboratoriais; e o tratamento é feito por antibióticos receitados.
Lembre-se que o índice de letalidade nos bebês é considerado alto: 10% dos contaminados acabam não resistindo caso o tratamento não seja iniciado rapidamente.
Então, fique atento à saúde do seu filho.